de esporadicidade imprevisível
Dia do trabalho
01/05/17
São tempos de transição. Do hemisfério norte vem a notícia: "Oba! Estou com uma única camada de roupas!" Enquanto isso, aqui, a brutal umidade tropical cria a sensação de frio. Não que esteja frio, a temperatura oscilava entre 21 e 22 centígrados, mas o excesso de umidade rouba continuamente calorias dos animais homeotérmicos e o resultado parece frio. Domingo, o Rio amanheceu coberto de nuvens, mas logo surgiu um fraco mormaço, depois, o mormaço se fez mais firme e, em seguida, o sol encontrou espaços entre as nuvens para brilhar com toda sua majestade. A umidade caiu um pouco e a temperatura, ao contrário, subiu. Passa uma sirene estridente e me parece se deslocar muito rápido, a partir do efeito Doppler-Fizeau. O oceano Ártico já está ensolarado quase o tempo todo enquanto o continente Antártico percebe vestígios de luz solar apenas em suas menores latitudes. Assim se fabricam inverno e verão. Desta vez, as terras superpovoadas do norte seguem rumo ao estio enquanto as amplidões sulinas mergulham no inverno. Ao contrário das estações da Vida, no entanto, ao inverno se seguirá a primavera e não, a morte. Muitos verão na comparação ótima oportunidade para conjecturar sobre o prolongamento da "vida" além de seu fim. É o tema nuclear de toda religião e, apesar da morte de Deus anunciada por Nietzsche, a humanidade continua profundamente religiosa. Ouvem-se, Planeta afora, os tambores surdos das danças de guerra. Apesar de toda evolução científica e tecnológica, apesar do aprendizado com as barbáries vividas, a humanidade continua formada por mulheres e homens e neles transbordam ainda os mesmos hormônios, fundamentais para chegarmos onde estamos, predominam os circuitos cerebrais decisivos para dominar o ambiente. Tomara prevaleça a inteligência, malgrado as aparências dos dirigentes.
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Mon, 01 May 2017 14:06:58 -0700 (PDT) gostei sem assinatura Que bom. |
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