Em arroubos de tardio adolescer,
maldisse em outra quadra o equilíbrio
que divide, justo, a noite e o dia.
Na arrogância do macho jovem,
ironizei a monotonia dos equinócios
e clamei por solstícios de um eterno verão.
Olho o equinócio com novos olhos,
olhos novos de um novo velho,
e transparece a beleza de sua justeza.
Equilibrista no fio que separa e une
o imponderável ao indizível
sobre o picadeiro imaginário
do tão humano quatro pras oito GMT -
quatro pras vinte, deveria dizer,
não fosse eu, meio tonto, meio afoito -
do vinte de março de mil novecentos e noventa e oito...