Equinócio de Outono:
noite e dia iguais.
Quero dias diferentes
e noites cheias de sonhos.
Treinar a morte ao anoitecer
e renascer a cada manhã...
O equilíbrio dos equinócios
sorri cínico aos solstícios!
E solstícios duram menos
que o eterno equinócio da repetição.
Da vida que a gente leva - ou leva a gente -
de casa para o trabalho, do trabalho para casa.
Cadê coragem para as grandes aventuras?
O medo comeu.
Cadê força de virar a mesa?
O medo comeu.
Cadê o sonho azul de mar e céu?
O gato comeu. Sem medo.
A estrada se bifurca
e a gente, comodista,
escolhe descer.
E desce mais a cada bifurcação.
Ah, se como água descemos,
que possa o Sol, nos vaporizar
Poema de 22/9/1989, equinócio de Primavera, modificado.
Esta foi a primeira página do Sítio do clode. Não por escolha ou deliberação, apenas calhou de ser a primeira a ficar pronta nos testes do plug-in, que permitia ao Word© criar páginas de internet. O texto foi antigo poemeto, há pouco modificado para seguir por fax... Sete anos depois, volta com a chuva que leva o verão que não veio...