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Autor foi poeta e ensaísta

da Sucursal do Rio

Com 18 milhões de exemplares vendidos desde sua primeira edição, em 1975, "Aurélio" virou sinônimo de dicionário. A palavra, no entanto, está fora da terceira versão do trabalho.
"Seria muita vaidade colocar a palavra "Aurélio" como sinônimo de dicionário. Ele não gostaria disso", diz Marina Baird Ferreira, viúva de Aurélio Buarque de Holanda Ferreira, sua assistente desde 1944 até sua morte, em 1989, e uma das coordenadoras do "Aurélio Século 21".
Professor, ensaísta, contista, poeta, filólogo e, acima de tudo, lexicógrafo (autor de dicionários), o alagoano Aurélio nasceu em 1910, formou-se na Faculdade de Direito de Recife e veio para o Rio em 1938. Circulava nos meios intelectuais com o chamado "grupo dos alagoanos": Jorge de Lima, Graciliano Ramos e José Lins do Rego.
Autor de ensaios e contos, foi eleito para a Academia Brasileira de Letras em 1961. O envolvimento com dicionários veio em 1966, quando foi convidado pelo editor Abrahão Koogan para atualizar o dicionário Caldas Aulete.
Aurélio deixou o projeto três anos depois, por divergências com o editor. Em 1970, Carlos Lacerda, ex-governador da Guanabara (entre 1960 e 1965) e fundador da Nova Fronteira, convidou-o para lançar o "Dicionário Aurélio" por sua editora. Cinco anos depois, chegava às livrarias a primeira versão do trabalho. (CG)


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