|
Finais11/12/03Faltam 20 dias para o fim do ano. Onze para o solstício que marca o início do verão, por volta das cinco horas da madrugada do dia 22, pelo horário brasileiro de verão, sete zulu, apelido da hora de Greenwich, o meridiano zero. Para os que querem precisão absoluta, respondo com as palavras de meu pai: o movimento da Terra não tem precisão absoluta, o movimento do Sol, tampouco etc. Alguns sites dão uma hora, outros, outra. A variação é de uns cinco minutos, para mais ou menos em torno daquela hora. Começará o verão. O dias se seguirão cada vez menores, pois do cume da montanha todo caminho desce. Isso não significa, no entanto, que no dia 22 o sol nascerá mais cedo. São nos últimos dias de novembro que isso acontece. O solstício também não coincide com o mais tardio pôr-do-sol, eles acontecem entre 5 e 22 de janeiro. Não me perguntem porquê. Ainda não fui capaz de perceber a geometria que explica essas diferenças e, talvez, jamais as venha a compreender. Aqui, do lado de cá do fim do mundo, nos dias 29 e 30 de novembro o sol nasceu às 6h12m13s, horário brasileiro de verão e no dia 14 de janeiro, em seu ápice noctívago, o sol só se põe, aqui, 29 segundos antes das oito horas da noite! Não vale a pena levar muito a sério os segundos que se indicam aí, seja pela imprecisão dos programas que os computam, seja pelo fato banal de que o sol leva mais de dois minutos para se pôr, isto é: depois que uma borda parece tocar o horizonte transcorre pouco mais de dois minutos até que a outra chegue à linha virtual. Tem mais: tudo que se vê já aconteceu, para o horizonte real do local do observador, há algum tempo, pois a refração da luz ao atravessar a atmosfera nos mostra o sol pra lá do pôr-do-sol! Por tudo isso, o melhor é curtir o espetáculo e, se for o caso, aplaudir no final. |
|home| |índice das crônicas| |mail| |anterior| |
|