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Hoje não dá14/02/05Tem dia que não adianta insistir, seja lá pelo que for, empaca. Hoje, a crônica não sai. Há um monte de começos abandonados. Como é tudo virtual, eletromagnetismo e nada mais, poupam-se árvores pelo menos. E água e energia e mais. Fazer papel é fogo! Foram-se a metade de fevereiro e um oitavo de 2005. Também se esvai um verão de manhãs frescas, quase frias, por aqui e de água em abundância, a compensar anos de seca, racionamentos e apagões. Seria época de vacas gordas em pastos generosos, se ainda dependêssemos de vacas, cabras e jumentos para sobreviver. Agora, sequer as identificamos, mudas e frias nos açougues. O leite deve estar rico e gordo. Em tempo de pouca chuva, dão leite ralo, aguado. Isso mesmo, na seca o leite fica ralo, para hidratar o bezerro. Este ano, o leite deve estar "condensado" mas, se não me engano, também a quantidade diminui. Faltam trinta e quatro dias para vinte de março, o fim do verão. Os computadores prevêem o equinócio de março para as 12 horas e 33 minutos, horário universal. Como o horário de verão só dura até sábado, será às 9 horas e 33 minutos pelo horário de Brasília. É tempo de mudanças. Nada muda. Claro, mudará a hora oficial do Brasil. Os bichos e estrelas não se importarão com isso. Mudarão, ainda hoje, os presidentes da Câmara e do Senado. O povo nem saberá de que se trata. Mudará a aparência de estado civil de Charles e de Ronaldo e as pessoas continuarão a procriar alheias aos cartórios. É tempo de mudanças. Nada muda. Oito e meia da noite, da terça-feira gorda, por Brasília, assinalou a segunda lua nova depois do solstício de dezembro. Ela é marco importante no calendário das igrejas católica e islâmica e assinala o ano novo chinês. Uma lua nova singular, que pegou o pessoal aqui, brasileiros e importados, na maior gandaia. Definitivamente, hoje, não dá. |
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