Ideias luminosas são apontadas nas histórias em quadrinhos com uma lâmpada supostamente acesa a brilhar no balão de diálogos ou a boiar sobre a cabeça da personagem acometida por uma "ideia luminosa". Nelas, alguns "iluminados" são cientistas, capazes de engendrar máquinas do tempo, outros são espertalhões ou endinheirados diante de uma súbita oportunidade de novo golpe ou meio de ganhar mais dinheiro. Já na vida real, milhões de pessoas buscam agora o indício de uma ideia reparadora, vestígios da tal lâmpada milagrosa, capaz de apontar uma saída para o desastre iminente resultante das escolhas intempestivas, determinadas por paixões, do último pleito eleitoral. Agora está feito e uma parcela enorme da população terá de escolher entre opções repudiadas ou se abster. Shakespeare não teria tecido um roteiro com maior ironia! Passado o entusiasmo do primeiro momento, aflora um grande desânimo coletivo. As pessoas percebem a situação criada pela escolha da maioria, sucumbem à tragédia do perde-ganha e se resignam ao inevitável: quem quer que vença trará consigo o dissabor de uma amarga derrota. A lâmpada da ideia salvadora apta a alterar este quadro ainda não se acendeu. A população se dividiu entre os dois oponentes e a disputa se transformou em confronto, com todas as mazelas da guerra, neste embate absurdo herdado dos machos dos carneiros, bisões, elefantes e tantos outros. Gestos extremados surgem de um lado e do outro como ameaças à vitória adversária. Um psicólogo talvez atribua à "terra abençoada por Deus" a fúria agora disseminada através de redes sociais: isentos das grandes catástrofes naturais - terremotos, vulcões, maremotos (tsunamis), furacões etc. - teriam os brasileiros usado esta via para ativar certos hormônios e comportamentos de seu background de sobrevivência. |
Mon, 15 Oct 2018 11:18:33 -0300 me lembrei de que vc se mudava e levava as lampadas das casas…vamos guardar as lampadas que funcionam sem assinatura Surpreendo-me agora com a sua lembrança, pois pois mudar-se com as próprias lâmpadas me soa óbvio, natural. Talvez indique uma atitude mesquinha, uma falta de magnanimidade. Não sei. Fico pensando quanto mais de meu jeito soa absurdo a outras pessoas... Somos fruto de experiências de vida e isto nos diferencia... Mon, 15 Oct 2018 14:10:32 -0300 A visionária Dilma Roussef já havia profetizado há tempos: “ Não acho que quem ganhar ou quem perder, nem quem ganhar nem perder, vai ganhar ou perder. Vai todo mundo perder.” Oi, Ebert. Mon, 15 Oct 2018 14:45:56 -0300 Oi, Clôde Oi, Ana. |
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