Nas próprias mãos
18/04/19
Hoje, a informação é invasiva. Nos chega mesmo à revelia e o conjunto das manchetes do noticiário acaba por delinear nosso jeito de ser: Na China, o bilionário Jack Ma defende uma jornada de trabalho de 72 horas semanais. No Peru, um ex-presidente se mata ao ser pego com a boca na botija. No Brasil, os ministros do Supremo Tribunal Federal demonstram, quase matematicamente, a grande falácia da Justiça, feita por homens com pompa de deuses. Nos Estados Unidos, a Microsoft é invadida por hackers e usuários do Outlook têm dados surrupiados. Espalhados pelo mundo, astrônomos obtém pela primeira vez uma imagem de um buraco negro. Outra vez nos Estados Unidos, cientistas reativam células do cérebro de porcos mortos. Os resultados podem vir a questionar a atual "definição" de morte. Poderíamos, é óbvio, prolongar indefinidamente a listagem pois os feitos se multiplicam com velocidade superior à capacidade de os mencionar, mas bastam uns poucos para exemplificar nossa abordagem equivocada. Há milênios o Homem busca solucionar seus problemas por meio da razão e, salvo no campo da ciência e da tecnologia, não obteve nenhum resultado. Ao contrário, os sistemas políticos, as complicadas teorizações e as mais bem fundamentadas ideologias não trouxeram benefícios para a sociedade e acabaram por produzir desentendimentos, guerras, destruição e miséria. As relações entre as pessoas, isto é, a sociedade, não se beneficiaram das incontáveis teorizações e políticas, impostas por força ou por escolha. Permanecem a incompreensão e as disputas. Um ego se opõe a outro, sejam "egos" como nações ou apenas de indivíduos e a soma de todos os egos é a sociedade. Sim, somos mais de sete bilhões. O indivíduo representa menos de 0.000000014% da humanidade, mas cada pessoa só tem a si nas próprias mãos... |
Fri, 19 Apr 2019 08:18:46 -0300 Oi, Clôde Oi, Ana. |
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