de esporadicidade imprevisível

O eleito

18/04/18

Uma comichão nacional denuncia a ação sub-reptícia de uma legião de interessados nas eleições vindouras. Elas preencherão milhares de cargos, quase sempre vislumbrados pelos candidatos como "a boquinha salvadora", alimento de seus sonhos dourados.

Entrou em cena com estardalhaço "A Rede Social e seu Papel na Eleições". No rádio, alguém é anunciado como "professor de redes sociais"! De todos os lados multiplicam-se "mensagens" (por texto, voz ou vídeo) onde explicita ou sub-repticiamente se veiculam interesses de candidatos ou partidos. Chamam ao espetáculo campanha eleitoral e, como elemento de terror, surgem as fake news, ferramenta cobiçada e temida por todos os envolvidos.

Afinal, até o presidente do Brasil será escolhido pelo voto de cada um e, somados, são mais de cem milhões e as campanhas se alicerçam em números, navegam no mar das estatísticas. Daí deriva uma baita insegurança a justificar práticas injustificáveis.

Pouco importa quem venha a vencer as eleições, se o Zé Ninguém ou o Doutor. Em pouco tempo o escolhido como futuro presidente do Brasil verá ser a Presidência, em si, muito mais poderosa do que o homem ou mulher a quem calhe ocupar o cargo.

Durante anos, acompanhei de perto dois Governadores de Estado e alguns secretários estaduais. Bastou para me mostrar a estreita margem de manobra deixada ao ocupante por seu cargo.

A gigantesca estrutura de um governo estadual (imagine-se a da presidência!) representada por muitos milhares de pessoas encarregadas disto e daquilo, dependentes de seus salários (e, também, de suas boquinhas), mais todas as conexões delas com fornecedores e destes... forma-se uma rede do tamanho da sociedade a envolver o eleito (para um mandato efêmero!), pronta a corroer ou dissolver suas melhores intenções, aquelas que, dizem, enchem os infernos.

Wed, 18 Apr 2018 13:03:56 -0300

DIXIT! Abração. Ebert

Merci.


Fri, 20 Apr 2018 14:51:18 -0300

muito bom ler seu comentário baseado em experiência pessoal no governo estadual. como sempre, bem escritíssimo.

      sem assinatura

Obrigado.

Já tinha saudade eu de seus comentários.

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