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O visor [1]14/03/06"Se as pérolas são nossas, por que não jogá-las aos porcos?" O visor é a ferramenta fundamental do fotógrafo, ferramenta de muita utilidade e muitas utilidades. Antes de suas funções mais conspícuas, que acendem, piscam e se multiplicam em alertas e ameaçam transformar o próprio espaço do visor em uma espécie de UTI, cheia de recursos tecnológicos, ele é instrumento de edição e uma possibilidade para arte. Desta perspectiva, o congestionamento de informações e a poluição visual, embora facilitem o trabalho e ajudem a obter resultados excelentes no aspecto técnico, pode ser um estorvo para o trabalho de expressão e a manifestação mais subjetiva do fotógrafo. É sempre assim e não apenas com a fotografia. Quantas vezes liga-se o computador com uma idéia, algo que papel e lápis facilmente transformariam num esboço e a máquina nos surpreende com uma pergunta ou aviso, de que precisa uma decisão ou de que aconteceu, qualquer coisa que aparentam não ter a mínima importância e ainda oferece duas ou três opções, como um teste idiota etc. e, quando, enfim, se ultrapassa tanta tecnologia, não se sabe mais por que ligara o computador... Editar está em tudo que se faz. Quando se escolhe a madeira para a flecha ou compra legumes na feira ou livros. Separar grãos como Psique é tarefa quase divina sem a ajuda de formigas. Na enfoco - Escola de Fotografia quem sublinhou com o próprio exemplo valor e profundidade da edição foi Maureen Bisilliat. O fotógrafo também edita através do visor de sua câmera, ainda que o faça sem consciência. Prestar atenção a esta relação - com os visores das câmeras (de fotografia, cinema, vídeo etc.) - é, isoladamente, o passo mais eficaz no aprendizado de Fotografia, seja em relção a imagem estática ou em movimento. Há muito sobre visores e tal relacionamento como, por exemplo, a história da galinha Malvina. Voltaremos. |
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