Publicação esporádica, destinada a se perder como o mugido da vaca que, todavia muge, apesar da declaração expressa da inutilidade de seu berro.

Hoje se canta a Mulher. Nos outros dias, cantam-se as mulheres. Péssimo?, não deu para evitar. Hoje, também baixa o Bucho, bicho e aí baixa toda baixaria - sai de baixo!

Baixa qualquer rima rasteira, todo tipo de besteira, raspa e peneira e tudo que se enrosca nas beiras..

imagem da internet

Tarde morna, vagarosa. O fio de seda, invisível, sustenta a folha seca, recurva, coriácea, alaranjada, que gira contraluz conforme a brisa escassa. Como ela há outras, pênseis por outros fios mágicos, em tons de cobres e couros como a proclamar em sussurros que o outono já se faz - da quaresmeira, defronte ao portão, as flores se despetalaram antes de findo o carnaval - e as chuvas prometidas terão de esperar outros festivais.

O pior é que pode fazer um frio mortal até o dia do aquecimento final e entre cristais de remotas geleiras Satanás tilinta gargalhadas que, com som agudo, parte estalactites que partem qual certeiras lanças sobre almas amalgamadas e por mal almanaque, ficou barato a notícia do "Hoje", sempre de ontem, pois amanhã muita neve correrá.

Borboletinha persegue borboletinha. A minúscula aranha, macho, tece estratégias mais arriscadas que as das tropas Buchenses, rumo ao rijo ventre de sua fêmea gigantesca, que lhe deve parecer atraente, apetitoso até.Por toda parte os vegetais expõem, impudentes, coloridos e perfumados seus órgãos sexuais. Chega-me pelo correio eletrônico uma coleção de fotos, sem mais explicações: título: "a milenar sabedoria nipônica..."

Parece um festival de exaltação ao pênis - não confundir com tênis, calçado ou jogo! Há deles de todo tamanho. Crianças e casais parecem se divertir muito sem qualquer constrangimento. As imagens sugerem alegria!

Nas alcovas dos palácios sempre houve virgens para os grandes e poderosos, mesmo no Dia Internacional da Mulher.

Hoje, que buchada se comerá?