04/04/03
- Hi-Tec
Um dia, num restaurante, meu filho pediu ao senhor da outra mesa para apontar a antena do telefone portátil para outro lado. Aprendi, então, que poderia haver perigo nas ondas emitidas pelo aparelho.
Agora, a coluna de Carlos Alberto Teixeira, O Globo, 29/3, informa que calcinhas trarão etiquetas capazes de emitir radiações! Logo por ali, nas imediações de estoques de sementes das próximas gerações! A Benetton, para controlar a trajetória de cada peça, começa com a novidade nas roupas Sisley, na linha feminina. Cuidado: o próximo passos pode ser o cinto de castidade eletrônico!
- Que lixo!
O paulistano vai pagar pelo lixo, e caro. Inclusive pelo lixo virtual, o de um imóvel desabitado. A sociedade tropeça e chafurda em seu lixo. Não sabe o que fazer, quer com dejetos de escritórios, quase isentos de matéria orgânica, ou os da justiça dos homens, homens também. Catadores de papel e mirabolantes prisões não conseguem resolver o problema.
Para alguns países, outros são lixo das nações: precisam ser eliminados, descartados, incinerados, destruídos sem possibilidade de reciclagem, para evitar contaminação.
- O vingador
O Jornal da Tarde traz hoje o relato de um caso de revide capaz de aguçar inconfessáveis sentimentos de vingança, uma história de outras guerras: num bairro nobre de Sampa, um casarão vazio servia para grandes festas da fina flor dos habituados de colunas sociais.
Chegavam os convidados em carros brilhantes, para lançamento de perfume de grife famosa e quando a música começou, ouviu-se mais forte, mais alto e mais contundente que ela outra, a se alevantar e impor silêncio e perplexidade entre os grã-finos. Cansado do barulho alheio, um vizinho instalara adrede poderosos alto-falantes. Na trilha sonora, incluiu coisas como Egüinha Pocotó e um insuportável choro de bebê. Alguma briga depois, a festa acabou...
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