A poesia é bela e difícil:
Há muito ar para respirar...
Muitos têm medo, muito medo!
Agarram suas latas de oxigênio -
Seus aqualungs lógicos -
Meras borbulhas do racional.
A poesia obriga uma volta à tona
Antes do mergulho mais profundo.
Muitos têm medo, muito medo!
Medo da morte. Medo da vida.
Vivem mortos, morrem vivos,
Sufocados de tanto temer a falta de ar.
04/11/87
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