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O primeiro frio05/05/01 |
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"aspas" "Minha bunda passou a ser o centro da minha vida, minha razão de existir. Eu pensava por ela, respirava por ela, vivia por ela!" Luiz Fernando Veríssimo na crônica "Diga Não às Drogas", sobre supostas "músicas".
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O primeiro frio do ano, da década, do século, do milênio. Os modismos passam como vento e como tal são esquecidos. Chegou o primeiro frio do ano. Por enquanto, um frio simpático. Veio de noite, quase sem chuva e, na alvorada, o dia se fez azul e transparente. Um clima de montanhas, um frio ameno... por enquanto. Há relatos de minitornados, na região de Campinas, com ventos de até 300km/h, ontem! Saldo: um morto e dez feridos além de grandes prejuízos materiais. Aqui, não teve ventania e, agora, essa luz do sol parece cristalina e provoca não se sabe o quê. Faltam 49 dias para o começo do inverno, para o solstício, "época em que o Sol passa pela sua maior declinação boreal, e durante a qual cessa de afastar-se do equador¹." Ou seja: quando o sol fica mais baixo no céu, ao norte, porque a Terra está com o Pólo Norte em direção ao Sol e nós aqui, ao sul, estamos virados para o lado de fora da órbita, para o espaço infinito (ou não), sideral cheio de estrelas, cometas, asteróides, nebulosas e de todos os mistérios que encantaram as noites de nossos avós há milênios, séculos... De costas para o Sol, nas noites frias, resta fazer fogueira, que a natureza convida a isso - o outono deixa folhas secas e galhos mortos como convite. Depois, desligar mesmo a luz dos homens, para não ofuscar o brilho da estrela que talvez não exista mais, mas cuja luz só agora completa uma viagem de muitos e muitos anos, décadas, séculos... |
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