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Tabaco

29/08/99

 

Tateia entorpecido o que mal pressente
com o couro embrutecido de anos,
ferroadas e espinhos mal cicatrizados.

Tato a negar imagem e rumor.
Lembrança em unhas imundas
de muitas terras, covas, chãos.

Sonho intuído, certeza do paladar
anunciado pelo cheiro. Sabor desconhecido,
que se repete, inédito!

Incapaz de um verso, de um ver...
Tateia mal, sem pressentir espinhos e
brasas prestes a ferroar e entorpecer.

Procura a palavra, ou a nem procura,
perdido entre fumaças que perdeu:
Menina, menina! - o fumo sobe, some ...

 

Achei esta guimba nojenta e velha no meio da grama. Depois de fazer esta imagem, é óbvio, fumei-a. Foi a última tragada.

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