Que nojo!

berro - a parte inútil da vaca
Publicação esporádica destinada a perder-se como berro de vaca que, todavia muge, apesar da inutilidade declarada de seu berro.

Traseiros

27/04/05

Há dois dias só se fala do traseiro do Lulalá. Não de sua retaguarda física ou política, é óbvio, malgrado nesta zona tropical se proclame e alardeie sempre a preferência por traseiros. Mas aí são traseiros femininos ou, no máximo, de carnes macias de traseiros bovinos, pílula também dourada pelo toque sexual, ao se dizer carne de vaca quando se sabe pouparem-se as fêmeas, pelo bezerro e leite, para se sacrificar, em verdade, o boi.

Somos uma pândega, afinal! Sem dúvida, o presidente Lulalá pôs o dedo em parte sensível da anatomia do homo sapiens et mirabile femina! Senhor presidente, para começar, se quer mesmo, como disse, ver o povo mexer e remexer, nada melhor e mais didático que uma temporada na Bahia. Lá, já dizia Dorival, uma nega baiana se souber, serve também para fazer vatapá... e um bocadinho mais, vai lá, Lulalá! Foi na primeira capital, que vi as reservas que mais me impressionaram...

Reservas, sim, bebês em potencial. Nós, machos, somos uns tolos. Todos conhecem nossa reação automática quando eles se mexem, não como quer o Lulalá, mas como elas querem - e como mexem quando se mexem! Todavia, curvas macias a esculpir corpos que alucinam o homem e podem derrubar impérios, são reservas para ter de onde tirar um bebê inteiro, para que o corpo opere o milagre do um ser que são dois.

Ali homem enxerga desejo sexual e prazer. A mulher atende ao desejo imperioso de ser a mais bela. Deleita-se, também, com envolvimento e fantasia. Em silêncio, a natureza se cumpre do mesmo modo que leva o louva-deus à fêmea que o irá devorar. Em seu calendário sem urgências, aperfeiçoa hoje aqui, amanhã ali...

Como por exemplo, suponho, de tanto ver caírem frágeis bebês, nos ensaios para a condição bípede, logo providenciou boa almofada a proteger o extremo da delicada espinha dorsal. Aquela Lulalá quer ver o povo mexer.

 

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