Uma bela manhã
13/08/12
Ontem, na manhã do domingo, a luz celebrava. Fazia tudo parecer especial, até a fina fatia de lua no alto da abóbada. Muito branca, emprestava às coisas um brilho singular. Ainda faltam 40 dias para a primavera mas, parece, a natureza se adianta à folhinha. Muitas árvores se vestem de folhas novas, luminosas e tenras; a passarada se agita e inunda de cantos o tempo quente de céu sempre azul por esses dias; muitas flores se adiantam a proclamarem-se símbolo da estação; um esquilo vem colher jabuticabas quase maduras. Aqui, o liquidâmbar mistura folhas secas a espera de vento com botões luminosos ao sol, prestes a eclodir em novas folhas perfumadas e frutos secos e espinhosos, como árvore em todas as estações. Falta ao quadro primaveril o canto de sabiás, mas outros pios já celebram esses dias quentes do inverno atípico. Correrão a atribui-lo a efeitos maléficos de um mundo aquecido e ameaçador, mas a luz pura da manhã de domingo desmente toda teoria catastrófica e proclama: apocalipse, não! O amanhecer luminoso é um hino à vida. Tudo a exalta e o sol, ainda baixo e vindo do norte, destaca como sábio spotlight a paisagem: com brilho intenso clareia troncos, realça relevos e texturas e faz o verde mais verde, o azul mais azul. Podem vir dias sombrios e gélidos e, pior, úmidos, como uns poucos deste inverno, mas um amanhecer assim os apaga da lembrança e celebra com ênfase a beleza do planeta envolto no silêncio dominical. Celebremos, em companhia dessa luz especial, os dias menos frios deste inverno e a vida, surpreendente e maravilhosa por todos os lados. O jipinho da Nasa pousou e mandou fotos de Marte visto de lá. Em algumas, lembra a Terra com horizontes montanhosos, mas falta vida ao planeta vizinho e é ela, do nascimento à morte, que faz deste um planeta tão fascinante. |
Mon, Aug 13, 2012 7:46 am Oi Clode!
Aida, Thu, Aug 16, 2012 5:01 pm ó.... eu acho q marte ainda vai aprontar alguma, contra esses desabusados invasores... sem assinatura bem, também cá fomos invadidos e nunca aprontamos, se não nós, os Tupis, Guaranis, Maias, Astecas sem falar nos africanos. |
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