Vãs Recordações

02/05/18

Devia estar com nostalgia das telas dos primeiros computadores, que conheci no finzinho da década de oitenta. Eram pretas com letras verdes onde quase tudo se resolvia por meio de texto, os chamados comandos, precedidos pela letra maiúscula do disco rígido, então conhecidos como Winchesters, seguida por dois pontos (um em cima outro embaixo, como dizia um humorista), seguidos pela malfadada barra invertida (\), seguida do símbolo "maior que" (>) e, para indicar estar tudo pronto a receber "instruções", vinha um sublinhado a piscar...

O inesquecível prompt do DOS
O inesquecível prompt do DOS

A suposta nostalgia fazia alusão a algo aqui publicado no dia de hoje, há onze anos. Com fundo preto e letras em duas tonalidades de verde, além de algumas com uma cor amarelada, para destacar supostas citações e combinar, obliquamente, com a ilustração, saía Heureca. Lá, apenas uma palavra está em vermelho: pára, assim, com acento, como era e deveria ser.

Uma única leitora comentou o texto e estranhou heureca escrito com agá. Os dicionários recomendam esta forma de escrever, embora minha memória dos tempos de escola visualize a palavra sem a consoante muda... O curioso é ela só ter comentado a crônica quase um ano e meio depois da publicação! O precedente facilitou-me, agora, passado tanto tempo, especular sobre a apresentação da época, mais que sobre o texto e seus jogos de palavras.

Quando da inauguração deste sítio, o Geocities pedia um texto curto definindo objetivos, propósitos e interesses do site e achei, na ocasião que, por estar na internet, tal explicação deveria ser em inglês. O texto inaugural já anunciava "que brincar com as palavras é, provavelmente, apenas mais uma das maneiras de evitar" a busca de um pouco de paz.

Resta contemplar do alto do tempo decorrido os memoráveis efeitos das intempéries tecnológicas sobre nossas vidas.

prompt Computação mensagem ou símbolo em uma tela para indicar que o sistema espera um comando. volta

Thu, 3 May 2018 10:55:30 -0300

...e recordações nada satisfatórias.
Putz, como difícil foi pra minha mente, entender aquilo tudo.
Recordo-me que tive algumas aulas particulares lá na Granja Vianna. Década de 80 e até no SENAC.

E, em falando de recordações, nesta 3a. feira fui à uma exposição de fotos na Biblioteca Mario de Andrade. Encontro lá, o seu amigo Carlos Ebert.
Foi um prazer. Em alguns minutos de conversa ele nos indicou (a mim e a mais uns dois que estavam numa rodinha de papo) uns livros do israelense Yuval Harari!!!

Com muita pressa, como o coelho da Alice, foi ele embora.
As netas o solicitavam com insistência. Que sorte ter netas por perto.
Fiquei com inveja.

É bem verdade que atualmente, converso mais com meus netos via Watts do que conversava quando aqui moravam... agora mesmo um deles me solicita:
"Pode falar vó?" Lá vou eu. Ciao. Beijo.

      sem assinatura

Aqui, nessa crônicas, falamos várias vezes de "Sapiens" e "Homo deus", do Harari. (Livros mencionados em 19 croniquins).
Não sei se você fez menção precisamente por isto, ou não.
O Ebert está por toda parte! Volta e meia alguém me conta de ter cruzado com ele por aí.
Netos são a grande delícia da velhice, concordo, vovó.
O mundo maluco como aquele de Alice que fizemos possibilita haver uma maior presença na ausência...
Bem, o coelho olha seu relógio e desaparece pelo aplicativo!


Sat, 5 May 2018 18:48:42 -0700 (PDT)

muito interessante ler a cronica heureca, hj, 11 anos dps
vc escreve cada vez melhor
bem diferente, 11 anos dps   

      sem assinatura

O melhor de tudo foi terem leitoras e leitores também aprendido e passarem ler, hoje, muito melhor.
Nunca escondi ser um mero aprendiz.

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