Em dois de setembro de 1997 saía aqui uma croniquinha com o título Princesa, uma das primeiras, onde, antes de abordar a morte da Princesa de Gales, Diana, três dias antes, arroguei-me a falar da condição do eremita. Disse, então, ser um defeito genético e argumentei com a impossibilidade de virar ermitão a troco de nada, da noite para o dia. Afirmei já nascer a pessoa eremita, argumentando: nasce, olha ao redor, vê outras pessoas e abre o berreiro. O médico diz ser normal e necessário para encher de ar os pulmões. Bobagem, é pura saudade da solidão do útero.
Depois, continuei a emendar lucubrações ao afirmar que, com o correr dos anos, se aplaca essa solidão primordial para permitir cumprir-se a recomendação divina inicial. Crescemos e nos multiplicamos sem jamais questionar as aptidões matemáticas de Deus e concluía com uma ponta de ironia "neste afã, chegamos a parecer por um certo tempo, seres sociais, como os cupins, as formigas e algumas vespas."
Passados dezoito anos, me agrada, em particular, o questionamento das aptidões matemáticas de Deus. Por toda parte se evidenciam sinais de efetivo aquecimento do planeta: são incêndios florestais, fusões de geleiras, aridez pré-desértica, escassez de água e, todavia, a antiga recomendação paradisíaca (feita no Paraíso) continua em vigor, muito viva no lado mais animal da humanidade e a despeito de seu lado mais racional tentar conter os imperativos da procriação, a população do mundo continua a crescer. De acordo com o popclock do Departamento de Censo dos Estados Unidos, a cada hora, a população mundial aumenta em 8754 pessoas. Por dia, são mais de 210 mil!
Ao duvidar assim das aptidões contábeis de Jeová, lembro ser a população da Terra, em meados do século passado, em torno de dois bilhões. Hoje, caminhamos para oito bilhões.
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Wed, 02 Sep 2015 14:07:10 -0300
nossa, que genial! adorei, principalmente a primeira parte toda.
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Pois foi: reencontrei o texto antigo (a primeira parte) e gostei também, daí inventei um jeito de o republicar.
Wed, 2 Sep 2015 17:35:21 -0300
Ai, lá pelas tantas acontece isso:
Peste negra é o nome pela qual ficou conhecida, durante a Baixa Idade Média, a pandemia de peste bubônica que assolou a Europa durante o século XIV e dizimou entre 25 e 75 milhões de pessoas[1] [2] (mais ou menos um terço da população europeia), sendo que alguns pesquisadores acreditam que o número mais próximo da realidade é de 75 milhões,[3] aproximadamente metade da população da época.[4]
Ou isso:
A extinção dos dinossauros: A teoria mais aceita é de que o meteorito encontrado na Cratera de Chicxulub, no México, foi o responsável pela extinção, ao colidir com a Terra e originar uma grande explosão que carbonizou bilhões de animais instantaneamente, levantando também uma nuvem de poeira tão espessa que bloqueou o calor do sol e transformou o planeta em um local extremamente frio, em um evento meteorológico similar ao inverno nuclear, eliminando as espécies sobreviventes, com exceção dos dinossauros emplumados e dos seres mamíferos, que tinham a capacidade de sobreviver em climas de baixas temperaturas devido a seu sangue quente, podendo assim se adaptar ao novo ambiente.[3] [4] O registro fóssil indica que os dinossauros emplumados evoluíram dos terópodas durante o período jurássico, e, após o evento da extinção em massa, deram origem as aves modernas, e os mamíferos sobreviventes evoluíram até dar origem ao ser humano atual.[5] [6] [7]
Ou isso:
A próxima era glacial:
De fato, estaríamos em vésperas de uma nova era glacial, já que em média o planeta experimenta 10 000 anos de era quente a cada 90 000 anos de era de gelo.
Devido à ação humana (principalmente através de atividades industriais e do desmatamento florestal), o planeta tem experimentado no último século um período de aquecimento cada vez mais acelerado, quando, a esta altura, já deveria estar iniciando sua fase de esfriamento para entrar em uma nova era do gelo. Se por um lado esse aquecimento global evitaria uma nova glaciação e seus característicos contratempos; por outro está provocando grandes desastres ecológicos como furacões e tornados, secas e queda na diversidade biológica.
Além disso, o efeito do aquecimento global não representa um aumento de temperatura em todo o globo, mas sim na temperatura global média. Estudos de previsões dos efeitos desse aquecimento mostram que o derretimento das calotas polares por ele provocado, podem afetar as correntes marítimas, provocando longos períodos de forte glaciação no hemisfério norte, principalmente na América do Norte e Europa enquanto o hemisfério sul sofreria um forte aquecimento.
Ou seja: Nada pode ser afirmado com relação ao nosso futuro.
Grande abraço
Ebert
Sim, o futuro não existe, é apenas especulação do pensamento.
Thu, 3 Sep 2015 19:15:31 -0300
... a tal matemática, jeová @ afins...
Muito bonito pensar em tudo isso... Mas... oito bilhões....
Não consigo mesmo me lançar nessa conversa, seja pelo que já passou, seja pelo que virá... Sempre me enredo no dia a dia e, confesso, gosto muito de tudo isso. É de verdade, é agora.
boa noite por ai, mocinho...
bjo
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Encontrei hoje velha croniquim que, talvez, dê uma idéia do tamanho dessa multidão. Quer ler? Chama-se "O Tubinho". (Na época éramos "apenas" seis milhões).
Fri, 04 Sep 2015 09:30:37 -0700 (PDT)
eh interessante q vc volta e meia fala/escreve sobre o numero de pessoas no planeta. Acho q vc ta certo ... se pararmos pra pensar eh um monte de gente chegando Existe alguma estatistica sobre o numero de gente partindo? Deve bem menor, obvio, ja q o aumento em 50-65 anos foi de quadruplicar a populacao
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As melhores informações que encontrei foram aqui. O mostrador indicava outro dia um aumento da população mundial de 209 952 pessoas por dia, o que daria cerca de 76,8 milhões por ano. Este dado inclui, é óbvio, as mortes.
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