Crônica do dia
Publicação esporádica, a perder-se como berro de vaca, que todavia muge, apesar da inutilidade declarada de seu berro.

 

Diferenças

15/12/05

Tenho me correspondido com várias amigas e, por caminhos diversos, de repente, as estrelas se constelam e conduzem ao fascinante tema das diferenças entre mulher e homem. Há décadas ele me atrai e encanta, apesar das dificuldades com mil facetas e mistérios.

Diferença de gênero traz à baila questões sobre a evolução biológica e cultural do ser humano e a frágil fronteira entre estes campos. Traz o cotidiano e estimula a imaginação ao passado remoto. A vida difícil há dez, cinco mil anos, com pouco equipamento além de unhas e dentes em contraposição à cervejinha com a difícil escolha entre amendoim e pipoca, frente a tevê para ver Gugu ou futebol...

Rico tema! Outro dia uma das correspondentes me perguntou quantas mulheres filósofas eu conhecia, ao dizer que todos estes fatores fizeram do macho um ser mais interessado em "abstrações" - filosofia, política, ciências etc. Aí, me veio o impulso quase irresistível de uma resposta disparatada, machista e pessoal.

A pergunta, com efeito, lembrou-me fato ocorrido há anos, quando conheci uma moça recém formada em filosofia. Passamos noite muito agradável a conversar sobre filosofia, com excelente comida e bom vinho. O mais importante, ela era muito bonita. Depois, vi, na tevê, a Márcia Tiburi e passei a correr risco de deformação psicológica grave: supor que toda filósofa é, necessariamente, linda.

Todavia, não desvirtuaria o delicioso papo com tais bobagens. Por isso, calei no particular e aqui as conto em público, pois há bobagens que buscam apenas um sorriso, aindsa que amarelo.

Enfim, o melhor desta diferença é isso: homens não resistem aos encantos das mulheres - se for bonita, então... - e elas, que sabem disso melhor do que ninguém, o usam com mestria inigualável a abusar dos dotes que as fazem adoráveis e poderosas.

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