A leitora pergunta 'kd as croniquins?' e, gentil, completa 'tão fazendo falta!' Antes da resposta, duas observações. Primeira: Quando quero dizer (escrever) leitora (ou leitor) se não prestar atenção sai ouvinte. Segunda: o e-mail, maravilha da revolução digital, aperfeiçoa uma nova taquigrafia, fadada a cumprir, a longo prazo, a proposta do esperanto e a reforma ortográfica universal e final! Agora, à resposta: fico perplexo ao ouvir que alguém se importa com estas croniquinhas. Também dois 'ouvintes' regulares, segundo a esporadicidade da publicação, cobraram a croniquim que marcaria o equinócio. Em verdade, me pergunto se querem as palavras ou um sinal de fumaça: está lá, 'respira, ainda vive', como dizia Chapeuzinho aos caçadores (ou vice-versa) antes de abrirem a barriga do Lobo. Os dias estão quentes, o céu muito pálido mas ainda azul. A velha e poderosa paineira bebeu tanta água que abunda flores como nunca o fez. No chão, atapetado e tinto, o rosa pálido se mistura às últimas folhas secas e à sombra de outras tantas flores, suspensas nos galhos nus, escuros, contra luz ofuscante, onde zumbem insetos e beija-flores e outros pássaros que ali buscam vida que alimenta vida... Olho e digo, não - é chover no molhado, repisar como reza a mesma e eterna lengalenga. Não vale parágrafo, quanto mais crônica. Em verdade, não gosto do que tenho feito o que torna maior a perplexidade quando ouço 'kd as croniquins? tão fazendo falta!'. Há vinte anos, por outras trilhas, mais tortuosas, senti-me mais ou menos assim. Tentava escrever e saiu um poemeto que começava assim:
Seguia, enorme, sem levar a lugar algum... |
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