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Moral da história
23/06/17
Dezoito anos depois, releio a Parábola e concluo não ser mais capaz de produzir textos como aqueles e uso aqui o plural para incluir o da véspera, uma quase fábula, porém sem o indispensável "preceito moral", com farta bicharada travestida por atitudes e comportamentos demasiado humanos... O assunto da Parábola há muito me fascina: não seríamos donos de "nossas" ideias, pois ideias seriam como ondas hertzianas a transportar todo conteúdo das emissoras de rádio, televisão e telefonia móvel - onipresentes e disponíveis para quem puder sintonizar, tal como as ideias. São inúmeros os casos na História, de inventos simultâneos, frutos de dois ou mais inventores geograficamente distantes. Sempre me pareceu absurda a propriedade de ideias, mas nunca encontrei alguém disposto a compartilhar esta visão. O poder incomensurável do dinheiro para o ser humano parece legitimar a posse de ideias e negar a visão de Fernando Pessoa, mencionada naquela ocasião. Repito sua pergunta: "Seremos nós neste mundo apenas canetas com tinta com que alguém escreve a valer o que nós aqui traçamos?..." Agora, é óbvio, em vez de canetas com tinta seríamos teclados, físicos ou virtuais, com o mesmo "alguém" a tamborilar. Hoje concordo com a leitora (quem seria?) a reclamar de uma moral para a parábola, nas palavras dela, ou de uma quase fábula: falta, sim, a moral da história, requerida pelos cânones fabulistas. Concordo com ela e repito a explicação: saiu-me a história da raposa e do galo que, por alguma razão, ficou inconclusa. Dias depois veio a ideia da leoa para a arrematar, porém sem o "preceito moral"... Era quase final do século, do milênio e ninguém poderia imaginar na época a monumental transformação a ser provocada pela incipiente internet. Assim, a moral de nossa história poderia ser: o futuro inexiste. |
Fri, 23 Jun 2017 15:32:54 -0300 adorei esta, maravilhosa ! sem assinatura Que bom! Que bom que você gostou. Fri, 23 Jun 2017 21:29:41 -0300 Mas uma vez tenho de repetir: sem assinatura Querido, Mon, 26 Jun 2017 10:54:13 -0300 Oi, amigo Oi, Ana, |
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