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Parágrafo18/08/03"A moça mais bonita, mais alta, espichou o pescoço, perscrutou o vagão até o fim e sentenciou: - não tem outro lugar. Sentou e pegou as tralhas da outra, mais feia." Assim, com duas moças e o desafio de Branca de Neve saía a primeira crônica, ou o que quer que sejam esses amontoados de palavras, há exatos seis anos. Chamava-se "Metro, sim. Paris, não", em referência ao endereço eletrônico do próprio sítio, sítio mesmo, e não site, pois dicionários e o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, da Academia Brasileira de Letras não sabiam o que era site em português, termo que ali, hoje, se registra. Era também imitação barata do sítio da Universidade de São Paulo, que se dizia sítio além de, em sua primeira página, apresentar script para que o visitante escolhesse a cor de fundo da página. Era tempo das primeiras descobertas e deslumbramentos na internet, pelo menos por aqui. Dizia, antes de me perder como costume, que o endereço eletrônico ainda continua a valer, apesar de há muito abandonado, desde que a Yahoo comprou a GeoCities e impediu o acesso a não concordou com "módica taxa etc." Ainda está lá, em http://www.geocities.com/Paris/Metro/7783/. Lá continua, para minha surpresa, do jeito que era há seis anos, cheio de erros, meus e do Microsoft Word que para criar páginas de internet em péssimo agatelemês, precisava de plugin. De volta ao que quero dizer desde o início, sobre o acaso pôr na estréia do rosário, que com este parágrafo chega a 479ª conta, em 2190 dias, uma a cada quatro dias e meio, em média, tais mocinhas e o eterno dilema da beleza: hoje, ao reler sobre as duas no metrô com uma manchete de baratas e "A Outra Face da Moeda", três surpresas: uma crônica com dobro do tamanho médio das de hoje, em apenas três parágrafos e na voz de um tal de Frederico, no lugar do clode.kubrusly@gmail.com... |
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