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Um sonho07/04/03
Um estranho e silencioso avião se aproximava em vôo baixo. Parece muito velho, apenas carcaça. Vêem-se poucos passageiros, como se não tivesse paredes! Há um prédio em seu caminho, também velho e vazio. O avião segue e perde altura. O desastre parece inevitável. Dá-se o choque e, em vez de explosões e desmoronamentos, a aeronave atravessa as paredes de tijolos aparentes e deixa recortes perfeitíssimos, com seu contorno, como se feitos a lazer. Cortou a primeira parede, a segunda e assim por diante, deixando um rasto de seu percurso esculpido na antiga construção. Fez meia-volta, cada vez mais baixo, chocou-se com outro galpão também em ruínas e maior que o primeiro, do outro lado da rua. Vêem-se os poucos passageiros, calmos, sentados no arcabouço voador. Nesse prédio tudo se repete e surgem recortes da aeronave através de paredes, colunas, estruturas. Nada desabava - silêncio absoluto! A trajetória torna evidente que a queda (ou pouso?) se daria ali perto. Deu-se num fundo de vale, próximo a uma casa muito pobre, mas era impossível ver a casa, os destroços ou a nave pousada, pois uma pequena multidão de curiosos tomara o local. Não podia ser um avião comum! O que seria, então, um disco voador? Do meio da multidão surge uma criança de rosto fino, traços de adulto e barba metade preta, metade branca. Parecia ser um dos passageiros. O menino procura alguma coisa magnética ou eletrônica. Cata restos de fitas cassete e fitas de vídeo no chão para, em seguida, as testar com um aparelhinho... Acordo. |
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