Monday, November 07, 2005 3:04 PM
Malabarista de frases vazias..??? Não senhor, não concordo. Ermitão eu aceito, desfazer do próprio talento cronístico, rejeito!
Voltemos à bolsa, já que em mais uma coincidência, pensei nisto ontem ou ainda hoje. A bolsa cheia é a possibilidade de recriar nosso mundo de detalhes em qualquer lugar e hora. Já que nos jogamos nas ruas, homens e mulheres, o dia inteiro correndo de um lado pro outro, levamos na bolsa (mais nós que eles) um pequeno apanhado de nossa individualidade. Identidade móvel. Houve um ano em que viajei muito - pra fazer o Terra Paulista - e sempre que entrava num novo e invariavelmente morto quarto de hotel repetia o ritual de abrir as janelas, acender um incenso, pendurar uns cintos, colares, distribuir meus livros pelas mesinhas, meus shampoos e cremes pelo banheiro... A bolsa é isso, eu mesma a tiracolo.
bjs,
Tati
Minha bolsa é isto aqui. Minha bolsa são meus vícios. Entre eles estas croniquins de ninguém viraram rico pão, integral. Pode ser que até amanhã eu seja outro (ou morto) mas, hoje, a crônica de domani partirá de sua carta, salvo se você disser não, claro.
Vícios... quando você disse "abrir as janelas, acender um..." morri de vontade de abrir as janelas, acender um cigarro...
Vícios! Parei há mais de seis anos e, todavia, fumo uns dez cigarros por ano, em festas etc. Adoro fumar. Acho uma pena que seja o desastre que é para a saúde.
Quanto à belezaria, das cinco, três ainda lêem as crônicas, até hoje...
Em tempo: excelente sua definição!
cronistaprendiz
|índices| |índice das cartas| |mail|