Colorida desse jeito

06/03/17

A coluna vermelha de álcool se eleva aos 32 centígrados. O céu azul traz vestígios de pinceladas rápidas e brancas. Do sudoeste, sopra uma brisa leve, quase contínua, insuficiente para refrescar e, enquanto o outono nos acena logo ali, (daqui a duas semanas!) o calor forte confirma a presente estação.

Os dias se sucedem na mesmice do "milagre" do girar de nosso pião e a cada amanhecer nos vemos indecisos ante tantas possibilidades, como a criança frente aos múltiplos sabores da sorveteria. Um novo dia, viva! Que fazer?

Caso se tratasse do poderoso chefão de uma das "potências atômicas" existiria, entre suas opções, o tentador botão, hoje, certamente substituído por um intrincado programa de computador cheio de códigos e chaves e senhas e atestados e certificações e tudo mais que o medo é capaz de criar porém, como tudo, sujeito ainda a falhas e imprevistos...

Se a um deles faltasse um tanto de juízo ao acordar, poderíamos confirmar uma outra cadeia provavelmente existente, onde uma bomba faz outra explodir como consequência e esta, uma terceira e...

A imagem é-me sempre caríssima, pois há mais de meio século, em plenos dias de Guerra Fria, um amigo inestimável compôs versos para uma melodia, já citada mais de uma vez aqui, aqui e aqui.

Repito com gosto a pequena canção. Pena não saber como mostrar a melodia, apenas seus versos a sugerirem como única possibilidade de um fim para a saga guerreira dos humanos um suicídio coletivo da humanidade com a detonação da cadeia de bombas mencionada, espetáculo para um extraterrestre: "colorida desse jeito / hoje tem festa na Terra / comemoram com direito / o fim maior, o fim da guerra".

O ser humano, entre tantas definições já propostas, se poderia dizer, também, um ser capaz de caçoar de seus feitos mais abomináveis. Somos um animal em permanente tentativa de se compreender...

Mon, 6 Mar 2017 12:22:27 -0300

daqui a duas semanas, sem h. Pense: é uma preopsição e não, o verbo haver!!
Vou continuar lendo. O erro acendeu minha luz vermelha. Aliás, que seria coluna vermelha de álcool? O texto deve esclarecer

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Pois é...
Pensei MUITO e optei pelo verbo. Sou ruim nisso.

Fiquei tão inseguro que submeti o texto inteiro ao corretor online FLIP, da Priberam e a resposta foi: "nenhum erro detectado"...


Mon, 6 Mar 2017 13:18:37 -0300

Oi, Clôde


É difícil esquecer esse tempo, tanto quanto o da ditadura. Na época da Guerra Fria, li algum (ns?) livro(s) que contava uma história (romanceada) sobre o fim do mundo devido à explosão de bombas atômicas. A reação de que mais me lembro foi pensar que eu não iria querer ter filhos... Acho que eu tinha uns 16 anos.


Bjs
Ana

Sim, inesquecível e apenas quem viveu sabe, exatamente, o quanto a amaça era real. Anucha fez um semestre em uma escola norte-americana, então, onde tinha treinamentos para se encaminharem todos aos porões como proteção...

Ela também tinha 16 anos na ocasião... ou dezessete.


Sun, 12 Mar 2017 11:59:12 -0300

Mais uma vez, Mermão, mais um belo alou alou pro tal planeta terra...
Por aqui, um lindo dia de sol. Imagino que por aí esteja rolando algo parecido: calor total pra todo lado.

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Obrigado.
Sim, há um ligeiro véu no céu, mas faz muito calor e o sol brilha.

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